Quando falamos em análise descrevemos uma forma de tratamento que se baseia nos princípios da psicanálise, originalmente desenvolvidos por Sigmund Freud, e ampliado por outros autores contemporâneos. Aquela imagem do analista mudo, caricatural, está bem distante da experiência emocional que vivemos em cada processo.
Fazer análise é antes de tudo estar em um espaço seguro e confidencial, para os analisandos explorarem seus pensamentos, sentimentos e experiências de vida. É no trabalho da dupla: analista e analisando, que se compreendem as causas subjacentes de seus comportamentos e emoções. Em vez de focar apenas nos sintomas, como fazem algumas outras formas de terapia, ela busca entender a raiz dos problemas, mas principalmente construir novas respostas e possibilidades, para levar a mudanças mais duradouras e profundas.
Psicólogos podem trabalhar em diversas abordagens, a psicanálise parte de pensar o aparelho psíquico formado por conteúdos inconscientes, que registram todas as nossas vivências, incluindo as mais primitivas.
No Brasil, podem se tornar psicanalistas pessoas que possuam curso superior, mas que precisam passar pelo tripé de formação: estudo teórico, análise pessoal e supervisão (levar os casos para a orientação de um profissional mais experiente). Através deste cuidado, as Instituições de Psicanálise desenvolvem profissionais que se mantém atualizados, além de vivenciarem as próprias questões em um espaço reservado. O desenvolvimento de uma escuta psicanalítica leva anos, não só de estudos estruturados, mas de participação em grupos de estudos, seminários clínicos e teóricos.
O analista é alguém implicado no processo terapêutico de seu analisando. As respostas não vem prontas, mas surgem durante o trabalho da dupla.